Soneto XXXI

Olho para você ao entardecer.

Só tenho uma foto sua,

Em que me encara com olhos brilhantes

Deixando minha alma nua.

Penso em girassóis, papoulas e azaleias,

Na profusão de cores e na sua textura,

Quero sentir o perfume em tua pele — canela,

Todas as coisas que me levam a loucura.

Imagino que beijos tem a sua boca

Quando você faz esse leve sorriso

E já vejo-o transformando-se em larga risada

se com as mãos seu cabelo aliso.

Se da lâmpada um gênio aparecer

Só quero que isso à vera possa acontecer.

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Álvaro Fonseca Duarte

Professor, consultor educacional e historiador. Coração e alma boêmias. Tenho pretensões literárias e sérios problemas com as vírgulas. https://linktr.ee/alvaro